24. Com Sensação de 25…

Primeiro ano da vida (desde que me recordo) que vou passar sem comemorar meu aniversário. Bom, não que eu tenha motivos para grandes comemorações esse ano, ao contrário do ano passado, mas sempre gostei de uma reuniãozinha e tudo mais… A questão é esse ano foi realmente uma conspiração: me faltou tempo, vontade e pessoas com quem dividir a bagaça momento.

Uma coisa bem estranha tem sido minha reação quanto à minha idade; não sei, mas não me sinto “nela”. Quando digo que tenho 23, imediatamente penso “até parece”, como eu mentia quando adolescente, aproveitando-me da aparência mais velha… O que, por sinal, deu certo algumas vezes. Mas fazer 24 também não está ajudando. Eu me sinto já com 25, não sei porquê, e esse vigésimo quarto aniversário parece apenas uma desculpa para não assumir esses 25 não feitos ainda… (Vou experimentar dizer que tenho 25 e ver o que sinto… Se for melhor, essa será minha idade daqui por diante! Haha!)

Complexo, não?!

Talvez seja apenas uma resposta à minha aparência: sempre tive cara de mais velha. Aos 10, parecia ter 14; aos 14, aparentava 20… Hoje, com “23”, dizem que tenho (ohlord!!) 26, 27… É possível que eu esteja consumindo, agora, minha juventude interior, haja visto que apenas o exterior não basta mais.

Provavelmente aos 30 estarei amarga e enrugada como um maracujá de gaveta.

Feliz Aniversário!

Não Basta Uma Cartinha…

Hoje é um dia muito especial. E sim, eu gosto de comemorar aniversários, especialmente daqueles que eu amo, excuse-moi.

Porém, não apenas pelo aniversário, mas pela vitória alcançada, a Rê merece todos os parabéns e felicidades que pudermos desejar hoje… Todas as energias positivas, todos os mantras de amor, todas as bençãos, todos os abraços fraternos, todos os “carinhos e beijinhos sem ter fim”, todas as músicas que falem de coisas boas e tragam as nostalgias dos tempos bons.

Sabe Rê, confesso que, assim como em meio à minha própria caminhada, algumas vezes tive medo por você, pela expectativa que você sempre colocou nesse fim, nesses títulos, como se aqui, agora onde estamos, você pudesse, finalmente, recomeçar. Como Re-nata que é, renascer desse marco zero que é a graduação fosse o ponto máximo que quisesse alcançar. Meu medo nem era que você não conseguisse, por que isso você conseguiria, uma hora ou outra, mas sim de que uma pequena frustração no meio do caminho – aquela pedra que Drummond sabiamente fala – colocasse tudo a perder.

Enfim… Não vou ficar aqui desfiando o rosário, chorando e (talvez) te fazendo chorar. Só queria que você soubesse que, a cada palavrinha lida da sua monografia eu via seu esforço, sua luta, e sei que ninguém, ninguém MESMO merece mais, com tanta honra, receber esse tal título de Bacharel quanto você.

Para finalizar, já dediquei Forever Young mais cedo a você (como fiz também para a Cá ano passado), mas agora prefiro algo mais light… Curta a Miss Des’ree!

Listen as your day unfolds
Challenge what the future holds
Try and keep your head up to the sky
Lovers, they may cause you tears
Go ahead release your fears
Stand up and be counted
Don’t be ashamed to cry

You gotta be…
You gotta be bad, you gotta be bold, you gotta be wiser
You gotta be hard, you gotta be tough, you gotta be stronger
You gotta be cool, you gotta be calm, you gotta stay together
All i know, all i know,
Love will save the day

Herald what your mother said
Read the books your father read
Try to solve the puzzles in your own sweet time
Some may have more cash than you
Others take a different view
My oh my, yea, eh, ee..

You gotta be bad, you gotta be bold, you gotta be wiser
You gotta be hard, you gotta be tough, you gotta be stronger
You gotta be cool, you gotta be calm, you gotta stay together
All i know, all i know,
Love will save the day

Time ask no questions, it goes on without you
Leaving you behind if you can’t stand the pace
The world keeps on spinning
Can’t stop it, if you tried to
This best part is danger staring you in the face

Listen as your day unfolds
Challenge what the future holds
Try and keep your head up to the sky
Lovers, they may cause you tears
Go ahead release your fears
My oh my yea, ye, ee..

You gotta be bad, you gotta be bold, you gotta be wiser
You gotta be hard, you gotta be tough, you gotta be stronger
You gotta be cool, you gotta be calm, you gotta stay together
All i know, all i know,
Love will save the day!

(You Gotta Be – Des’ree)

Aniversários, Comemorações e Afins…

Eu e meus aniversários… Essa, com certeza, nunca foi uma relação fácil. Com o passar do tempo, fiquei cada vez mais frustrada com a possibilidade de comemorar a data. O problema é que eles ficaram frustrantes a cada ano. E, olhe só, meu problema nem é envelhecer, pelo contrário. Volta e meia consigo me imaginar velhinha, no meu sítio sabedeosláonde, compartilhando com meus netos algumas “coisas da vida”, ou momentos por si só. É algo tão bonito de se “visualizar” que não sinto medo de chegar lá. Meu pavor é, ao contrário, não conseguir atravessar todo o caminho.

A grande questão é a expectativa. Sempre acreditei que aniversário é um dia especial, recheado de surpresas: quem vai lembrar, o que vou ganhar, dos abraços que irei receber… Inclusive, era defensora de um possível feriado para a pessoa, onde ela poderia escolher o que quiser; desde o prato principal até viajar para algum lugar que sempre teve vontade.

Óbvio, eu era criança. Mas, de qualquer maneira, a expectativa do meu aniversário continuou comigo ao longo da vida, ao contrário do Natal e da Páscoa, por exemplo. Enfim, fato é que meu aniversário já passou – para quem sabe ou não. E foi, posso dizer, o melhor que já tive, desde que me entendo por gente. Não ganhei nada demais, exceto o carinho e a atenção daqueles que me querem bem – estejam perto ou longe. A começar pelo café da manhã, que tomei na casa da mamãe, com ela, minha irmã e meu padrasto… Pessoas inestimáveis em minha vida, que não tenho como descrever o amor que sinto, apesar dos desentendimentos, rs.

Ao chegar na capital mineira, encontro e almoço com “Rock Bands” (alcunha carinhosa dada pelos meus amigos ao respectivo)… Talvez eu não precisasse de nada mais para um aniversário tão bom além daquele olhar e daquele abraço, mas ele ainda fez questão de aparecer todo arrumadinho na bebemoração, que aconteceu mais à noite. Na “Republication”, o carinho das meninas: abraços, cartinhas e presentes que me lembram o valor de uma amizade cultivada e verdadeira.

Fora os telefonemas, as mensagens, os scraps no Orkut e, até mesmo, o cartão-postal de Paris… Todos recebidos com um gosto mais que especial.

Apesar dos percalços de um trabalho para a faculdade feito “nas coxa”, a noite seria maravilhosa. Reuni alguns amigos na Cantina do Lucas, um lugar simplesmente perfeito, para bebemorar a data. Há anos eu não comemorava meu aniversário tão em paz, tão feliz por simplesmente estar ali com as pessoas.

Infelizmente, hoje em dia é mais comum ensinar a seus filhos que não se deve ir brincar com os amigos e deixar as visitas de lado. Até hoje minha mãe ainda tenta enfiar isso na minha cabeça dura. Mas, teimosa que sou, descobri que prefiro muito mais estar com as pessoas que amo. Bom, quanto a quem vai em reuniõezinhas apenas para “socializar”, espero que socialize bem, com o sorriso falso e a bebida na mão, mas bem longe de mim!

Aniversários sempre foram pra mim mais que apenas comemorações de outro ano de envelhecimento. São a comemoração de mais um ano de vida, de conquistas que serão levadas ao longo de toda a caminhada, de perdas e fracassos que, com o passar do tempo, serão vistos como aprendizados – importantes, por sinal -, enfim, de estar, durante mais um ano, com aqueles que amamos.

Eu gosto de aconchego, de amor e de me sentir em casa. Seja em datas comemorativas ou não. Por mim, todo dia seria como nos aniversários: o mesmo bom sentimento nos cumprimentos, os desejos sinceros nas palavras, as gentilezas verdadeiras nas ações. O amor em volta de todos, tornando cada dia tão especial quanto este foi para mim.